Transparência total é a bola da vez! Cada vez mais, os projetos requerem grandes panos de vidro para obtenção total de visibilidade, aproveitamento máximo da iluminação natural e alcançando uma estética moderna.
Antes, mais comumente utilizados em projetos comerciais e corporativos, agora as fachadas envidraçadas também estão sendo incorporadas para os projetos residenciais, em casas térreas ou sobrados. Não há dúvida de que existe a tendência de uso de vidros nas fachadas, mas os projetos exigem dos arquitetos conhecimento e grande responsabilidade.
Veja abaixo os 5 cuidados primordiais que um escritório de arquitetura precisa ter ao projetar uma fachada de Pele de Vidro:
- Em primeiro lugar, é preciso fazer um estudo sobre a posição da fachada em relação à orientação do sol, a fim de escolher o vidro mais adequado para obtenção do conforto térmico e lumínico. Por exemplo: A orientação norte recebe a maior parte da insolação diária; já a leste recebe o sol da manhã; a sul recebe a luz mais fraca, e a oeste tem o impacto mais forte, principalmente no período da tarde. Cada uma delas vai determinar o vidro mais adequado em relação ao fator solar (vidro térmico), para garantir o melhor aproveitamento de luz e o conforto térmico ao mesmo tempo. Além do fator térmico, o arquiteto também deve conhecer as possibilidades que o mercado oferece em relação ao desempenho acústico, especialmente em localidades com ruídos por trânsito.
- Defina se o seu projeto será Pele de Vidro (que possui molduras de alumínio e apresenta a estrutura aparente no lado externo), ou Structural Glazing (que apresenta a fachada totalmente envidraçada, sem qualquer obstáculo ao olho). Não existe diferença construtiva da fachada Pele de Vidro ou Structural Glazing – a única diferença é a forma de fixar o vidro no quadro, pois no caso do sistema Pele de Vidro, o vidro é encaixilhado, fixado dentro de um quadro de perfis de alumínio, por isso fica parecendo os perfis pelo lado externo. Já no caso do Sistema Structural Glazing, o vidro é colado dentro de um processo de fixação mecânica ou química. No caso da fixação química, trata-se de uma colagem através de silicone estrutural, e no sistema mecânico, a colagem é feita com fita dupla face estrutural.
- Para o sistema Pele de Vidro, o arquiteto bem como instalador precisam dominar tecnicamente sobre dimensões de módulos, de vidro e do vão, bem como a região que ela é colocada, definindo muito bem os pontos de fixação da fachada, e a espessura ideal da parede. Todo esse estudo deve ser bem pensado para que a fachada ofereça segurança e bom desempenho.
- No caso de obras residenciais ou comerciais existem duas possibilidades de fachadas, dentro ou fora do vão. Especialmente no sistema de fixação dentro do vão, é preciso tomar cuidado com a espessura da parede e da soleira. O pé direito pode exigir um perfil mais robusto da fachada para suportar as chapas de vidro (que precisam ser laminados e no mínimo de 8mm, para segurança) bem como o impacto das cargas de vento que as mesmas receberão.
- Em ambos os casos, residencial ou corporativo, Pele de Vidro ou Structural Glazing, o profissional instalador deve entender os requisitos das normas de segurança e de desempenho: especialmente as normas NBR 10821, NBR 15575 – Parte 4 e NBR 7199. A primeira: NBR 10821 – Esquadrias externas para edificações – engloba toda cadeia produtiva de uma esquadria de alumínio e realiza testes em laboratório que avaliam o desempenho do produto. Já a NBR 15575 – Parte 4 é uma norma que trata do desempenho das edificações habitacionais e apresenta características indispensáveis de uma obra para o consumidor, garantindo especialmente a vedação da esquadria. Outra grande referência para a aplicação do vidro na construção civil é a NBR 7199, que estabelece as regras gerais para a aplicação dos vidros na construção civil com segurança.
Essas são algumas das considerações para que você tenha não somente uma linda fachada de vidro no seu projeto, como a garantia de desempenho, conforto e segurança.